Proposta da G1
Possíveis projetos de Mídia Digital para abordar na G1
1º Deepfake Voices Software
Inicialmente esse projeto era voltado para a criação de um software modulador de voz que seria usado ao jogar algum tipo de vídeo game. Com ele, o jogador poderia ter a voz que representasse o personagem no qual estava usando, seja ele de um gênero, idade e tipo físico diferente.
Entretanto, esse projeto tomou novas proporções quando os criadores perceberam que, além de interpretar personagens de jogos, esse software poderia ser utilizado para muitas outras situações. Por exemplo: mulheres querendo mudar a voz por conta do preconceito e machista enfrentado pelo público feminino nos chat de voz de vídeo games. Atualmente, diversos jogos precisam de uma interação por chat de voz para uma melhor jogatina e experiência, o problema nisso é que diversas mulheres não se sentem confortáveis em abrir o microfone pois acabam sendo vitimas de assédio e preconceitos.
Ademais, além do público voltado aos jogos, também há outro grupo de pessoas que se mostraram muito interessadas no projeto, até mesmo para usá-lo em suas vidas privadas. Mais especificamente, pessoas trans.
"The software is the latest example of the tricky potential of artificial intelligence technology that can synthesize real-seeming video or audio, sometimes termed deepfakes."
Resumindo, o software permite a alteração de voz através de algoritmos de aprendizado de máquina que ajustam os padrões de áudio da voz de uma pessoa para fazê-la soar como outra.
Para ensinar sua tecnologia a expressar muitos tons e timbres diferentes, a empresa coletou e analisou áudio de centenas de atores lendo roteiros elaborados para fornecer uma ampla gama de entonação e emoção. Os estilos de voz individuais são criados por algoritmos de ajuste para replicar o som de um ator de voz específico.
Por fim, minha sugestão para esse projeto seria uma forma de levá-lo para fora do mundo online. Dessa forma, as pessoas trans teriam um auxílio mesmo fora de um computador. Além disso, por mais que o projeto já apresente formar de prevenir uma fraude, parece que essa prevenção é relacionada exclusivamente na relação Humano-Máquina, e não possui meios de evitar a fraude entre Humano-Humano. Então nada impede que a alguém use a voz de uma pessoa famosa/ influente para espalhar fake news e etc.
2º Montanha Russa VR
O projeto se resume na utilização de óculos de Realidade Virtual, juntamente de fones de ouvido para aumentar a imersão, em uma montanha russa. A primeira vez que entrei em contato com esse projeto foi na Game-XP de 2020. Lá, havia uma montanha russa simples, que, em situações normais, só conseguiria arrancar pequenos gritos de crianças e uma risada dos adultos. Entretanto, com a utilização dos óculos VR e os fones de ouvido, as pessoas perdiam a noção de que parte da montanha russa elas estavam. Por estarem imersas na Realidade Virtual, a experiência foi ampliada em outros níveis. Ao perdemos a noção espacial de onde estávamos, não tinha como saber em que parte da montanha russa passávamos, ou seja, não sabíamos quando viria a descida, a subida, a curva e etc. Essa incerteza acrescentou em muito na experiência, agregando um grau de adrenalina e diversão que a montanha russa por si só não conseguiria alcançar.
Por fim, minha crítica a esse projeto seria o desconforto enfrentado pelas pessoas que usam óculos. O VR acabava não encaixando direito com os óculos de grau e o fone de ouvido também acabava em uma posição estranha, afetando em partes a experiência do usuário.
3º VR para Bebês - NaturePod
Como o nome diz. o projeto seria a criação de um óculos VR para bebês. De acordo com o artigo, o óculos serviria principalmente para distrair o bebê enquanto os pais descansam, trabalham, entre outros. O projeto é oficialmente chamado de "NaturePod"
"An infant sits strapped into an egg-like booster seat, a virtual reality visor over its eyes, and earbuds plugged into its ears. It's calm and quiet. The NurturePod helps manage circadian rhythm, keeps the baby entertained with age-appropriate puzzles and music from Bach to Beyoncé. It's motionless and seems pacified."
Ao ler sobre o projeto, senti que o produto era um completo absurdo. Uma das maiores lutas enfrentadas pelos pais dessa era, é tirar a criança da tela. A infância ao lar livre envolvendo brincadeira saudáveis e exercícios físicos se vê cada vez mais ameaçada pelas tecnologias atuais. Como convencer a criança a sair um pouco de casa quando ela tem um mundo a ser explorado em uma tela de computador? Portanto, um projeto que se resume em colocar a criança ainda mais cedo no mundo das telas não parece exatamente promissor.
"NuturePod just brings the screen closer," Candy says. "It's an extension of certain trends and tendencies that we can see clearly in the 'march of screens' into every corner of our lives. It doesn't take a great deal of suspension of disbelief to imagine exhausted parents outsourcing a little bit of their daily duties to a gadget that can make them feel OK about giving themselves a break."
Acredito que a intenção de ajudar os pais exaustos a cuidar de seus bebês tenha sido interessante, entretanto, a forma abordada para alcançar esse objetivo não foi bem considerada. Afinal, o número de pesquisas que comprovam o mal que uma tela pode fazer a mente humana caso explorada em idades muito novas são diversas. A parte engraçada, é que no subtítulo do artigo desse projeto, estava a seguinte frase:
"Wait, would you actually put your kid in an augmented infancy machine?"
4º Aprendendo a desenhar através de uma maquina
Já notou que quando vamos aprender alguma coisa, acabamos criando uma memória musculas dos movimentos necessários para fazê-la? E se existisse uma máquina que ensinasse essa memória para você? O projeto "Teacher" faz isso por você.
Inicialmente o projeto começou com a criação de uma máquina que ficaria presa em sua mão que repetiria de forma constante os movimentos necessários para que alguém tocasse piano. Dessa forma, a pessoa criaria memória a memória muscular necessária para fazer a ação sem o apoio da máquina depois.
"...a servo motor-enabled contraption that strapped to the wrist and manipulated one finger with a lever."
Entretanto, o resultado final do experimento foi uma máquina que fica presa por toda a extensão de seu braço, e que ensina os movimentos necessários para desenhar. Pensem nisso como uma professora de desenho segurando o seu braço e guiando o seu lápis pelo papel até você aprender como faz um círculo.
De qualquer forma, o experimento não é perfeito, de acordo com o artigo, ele apresenta alguns problemas:
"There are lot of drawbacks in the machine itself, like the people when put their hand in, their arms were suspended and not rested, this created a bit of tension."
When it came to human/machine interaction, it wasn't all smooth sailing. During tense moments, people preferred to take control over the machine, explains Datta. For the learning devices of the future, he suggests that "The allocation and sharing of control between man and machine has to be versatile so that the sense of ownership and reliability is not much affected."
Por fim, minha crítica ao projeto é que por mais que a ideia de aprender a memória muscular de uma ação através de uma máquina seja interessante, também torna a ação de aprender monótona e desinteressante. Afinal, quem gostaria de ficar 3 horas sentado em uma mesa vendo um robô preso ao seu braço fazendo tudo por você? Outra questão que gostaria de levantar é que esse projeto poderia ser utilizado em processos de fisioterapia e reabilitação. Talvez a monotonia de aprender através de uma máquina se esvaia no momento que esse aprendizado seja, na verdade, a recuperação do movimentos das pernas, por exemplo.
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